sábado, 30 de abril de 2022

Dia 03 - Preparação para a total consagração

 


Veni Creator Spiritus

 

Veni Creator Spiritus

Mentes tuorum visita

Imple superna gratia

Quae tu creasti pectora

 

Qui diceris Paraclitus

Altissimi donum Dei

Fons vivus, ignis, caritas

Et spiritalis unctio

 

Tu septiformis munere

Digitus Paternae dexterae

Tu rite promissum Patris

Sermone ditans guttura

 

Accende lumen sensibus

Infunde amorem cordibus

Infirma nostri corporis

Virtute firmans perpeti

 

Hostem repellas longius

Pacemque dones protinus

Ductore sic te praevio

Vitemus omne noxium

 

Per te sciamus da Patrem

Noscamus atque Filium

Teque utriusque Spiritum

Credamus omni tempore

 

Deo Patri sit gloria

Et Filio qui a mortuis

Surrexit ac Paraclito

In saeculorum saecula. Amen.

 

V. Emitte Spiritum tuum et creabuntur

R. Et renovabis faciem terrae

 

Oremus. Deus qui corda fidelium Sancti Spiritus illustratione docuisti, da nobis in eodem Spiritu recta sapere et de eius semper consolatione gaudere. Per Christum Dominum nostrum. Amen.


Vinde Espírito Criador

 

Vinde, Espírito Criador

Visitai as almas dos vossos

Os corações que criastes

Enchei de graça infinita 
 
Vós, Paráclito sois chamado

Dom do Pai Celestial

Fogo, Caridade, Fonte viva

Unção dos espirituais

 

Vós dais septiforme graça;

Dedo sois da destra paterna;

Do Pai, solene promessa

Dais força da voz superna

 

Nossa razão esclarecei,

Vosso amor no peito acendei

Do nosso corpo a fraqueza

Amparai na constante virtude

 

De nós afastai o inimigo

Dai-nos a paz sem demora

Guiai-nos e evitaremos

Tudo quanto se deplora

 

Dai que Deus Pai e Seu Filho

Por vós nós bem conheçamos

E em Vós, Espírito de ambos,

Em todo tempo creiamos

 

A Deus Pai se dê a glória

E ao Filho ressuscitado

Paráclito, a vós também,

Pelos séculos dos séculos. Amém.

 

V. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado

R. E renovareis a face da terra.

 

Oremos. Ó Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo; concedei-nos que no mesmo Espírito conheçamos o que é reto e gozemos sempre as suas consolações. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém. 


O espírito do mundo

        Composição de lugar - Imaginar-nos navegando em um mar encapelado e hediondo, com os olhos fixos na Estrela do norte, Maria.
        Petição - Conhecer e detestar o espírito do mundo que vive em nós, a fim de esvaziar-nos dele por completo.
        O espírito do mundo é completamente contrário ao da santa escravidão que nos impõe nosso fim e ao qual desejamos abraçar da maneira mais perfeita, ao entregar-nos à Nossa Senhora como escravos. São João o define dizendo que é a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida. Meditemos sobre estas palavras. 

    I PONTO - Concupiscência da carne, quer dizer, desejo de gozos sensuais, de tudo quanto agrade ao corpo. Nisso resumem sua felicidade os infelizes mundanos.
        Quanto nos afasta de nosso fim esta imunda concupiscência pela qual, não só a alma, mas também o corpo sacode o jugo da santa escravidão. Por criaturas tão vis, por paixões tão sujas, por deleites tão breves, nos afastamos dos eternos amores, dos dulcíssimos abraços de Deus, nosso Criador, nosso Senhor e Pai. 
        Mas é tão difícil livrar-nos desta concupiscência! Quantos se afundam nesse mar de imundícies! Eu mesmo, se não estou afundado no abismo, não resvalo muitas vezes até a borda do precipício? Tenho a vontade tão sujeita à lei que, em nada do que é proibido, queira dar gosto à carne? E mesmo que já tenha conseguido isto, a escravidão a que meu fim me prende, me induz a não dar gosto a esse inimigo de minha alma, nem no lícito, a não ser que seja o mais necessário para o louvor e serviço de Deus. Duro é isto, porém necessário, para vestir a farda de escravo de Maria, pois a virtude característica de Nossa Senhora é a castidade. Não a chamamos, por excelência, a Virgem? E a castidade deve ser também o distintivo de seus escravos e filhos. Não se alcança, porém, esta bela virtude senão pela mortificação e pela temperança, mesmo nas coisas lícitas. Não desanimemos, entretanto, pois tudo nos será suave, se nos acostumarmos a viver por Maria e com Maria. Quando alguma coisa nos custar, levantemos o olhar para contemplar essa boa Mãe, e então tudo nos parecerá fácil.

        II PONTO - Cobiça dos olhos, isto é, amor das riquezas e comodidades, aos mesquinhos bens da terra, ao barro deste mundo que não pode alimentar nossa alma imortal, nascida para Deus.
        Aquele que se torna escravo dessa concupiscência tão tirana, forçosamente se afasta de Deus, pois, como diz Jesus Cristo: "Nenhum servo pode servir a dois senhores, porque, ou aborrecerá um e amará outro, ou se acomodará a este e desprezará aquele. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro." [69]
        Pago eu algum tributo a esta vil concupiscência? Longe de mim o amor aos míseros bens deste mundo! Todos os meus tesouros aos pés de minha Rainha Maria! Até as minhas riquezas espirituais vão lhe pertencer, quanto mais as temporais! Como poderia ser escravo possuindo propriedades, e como pertencer à Rainha do Céu tendo o coração apegado à terra? É provável que, ainda depois de ter deixado as riquezas, conservo o coração apegado a certas comodidades pequenas. E como é triste que esses fiozinhos nos atem as asas impedindo-nos de voar até Deus! Se não carregamos pesadas cadeias, nem por isso somos inteiramente livres. E nossa prisão é tão mais vergonhosa quanto mais fácil de romper. Depressa, porém, partiremos esses laços, se nos impelir a suave correntinha da escravidão de Maria.

        III PONTO - Soberba da vida. É o selo do espírito do mundo que leva a marca de seu pai, o grande e soberbo lúcifer. É o selo especialmente do espírito de nosso século de liberdade e independência, que repete com o anjo caído non serviam (não servirei), não quero ser escravo, nem de Deus.
        Quão difícil é preservar-nos do contágio dessa peste que se respira em toda a parte. Se cremos, talvez, que estamos livres dela, essa será a melhor prova de que estamos bem infeccionados. Examinemos uma e mil vezes os motivos de nossos atos e veremos que, até os que parecem frutos de sólidas virtudes, estão inteiramente podres, porque procedem da viciada raiz da soberba. 
        E como nos preservaremos de tão grande mal? Opondo à desenfreada liberdade, a santa escravidão; à soberba do mundo, a humildade da Santíssima Virgem; ao non serviam, grito de guerra do demônio, o ecce ancilla Domini (eis a escrava do Senhor), divisa de nossa humílima Senhora. Acostumemo-nos a agir por Ela, e, pouco a pouco, nos iremos enchendo de seu espírito de Escrava. E, com essa ditosa escravidão, alcançaremos a verdadeira liberdade de espírito e a dulcíssima paz do coração.

       

Ave Maris Stella

 

Ave maris Stella

Dei Mater alma

Atque semper virgo

Felix caeli porta

 

Sumens illud Ave,

Gabrielis ore

Funda nos in pace

Mutans Evae nomen

 

Solve vincla reis

Profer lumen caecis

Mala nostra pelle

Bona cuncta posce

 

Monstra te esse matrem

Sumat per te preces

Qui pro nobis natus

Tulit esse tuus

 

Virgo singularis

Inter omnes mitis

Nos culpis solutos

Mites fac et castos

 

Vitam praesta puram

Iter para tutum

Ut videntes Iesum

Semper collaetemur

 

Sit laus Deo Patri

Summo Christo decus

Spiritui Sancto

Tribus honor unus. Amen.

Ave Estrela do mar

 

Ave Estrela do mar

Santa Mãe de Deus

Sempre Virgem

Feliz porta  dos Céus

 

Ó vós que ouvistes

De Gabriel a saudação

Fundai-nos na paz

Trocando o nome de Eva

 

As cadeias dos réus quebrai

E a nós, cegos, iluminai

De todo mal livrai-nos

E o bem granjeai-nos

 

Mostrai que sois mãe

Fazendo ouvir nossas preces

Aquele que, por nós nascido,

Quis ser Filho vosso

 

Virgem singular

Toda cheia de ternura

Extintos nossos pecados

Fazei-nos castos e brandos

 

Dai-nos uma vida pura

Ponde-nos em via segura

Para que, vendo a Jesus,

Sempre nos alegremos

 

Louvor para sempre a Deus Pai

E honra eterna a Cristo

E ao Espírito Santo.

Aos três um mesmo louvor. Amém.




Sugestões de leituras: 
Montfort - Amor de la Divina Sabiduria. P. 1, c. V.
Padre Nieremberg - Adoracion en Espiritu, cap. 1.
Padre Granada - Guia, L. I, c. 19.
Padre Ávila - Audi Filia. c. 2 e seg.
Padre Grou - Manual, VII. 

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Notas: 
[69] Lc 16, 13.
As meditações e sugestões de leituras são retiradas do livro Vida Mariana, do Pe. Nazário Pérez, SJ. 

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