segunda-feira, 16 de maio de 2022

Dia 18 - Preparação para a total Consagração


 

Veni Sancte Spiritus

Veni, Sancte Spiritus,
et emitte caelitus
lucis tuae radium.

Veni, pater pauperum,
veni, dator munerum
veni, lumen cordium.

Consolator optime,
dulcis hospes animae,
dulce refrigerium.

In labore requies,
in aestu temperies
in fletu solatium.

O lux beatissima,
reple cordis intima
tuorum fidelium.

Sine tuo numine,
nihil est in homine,
nihil est innoxium.

Lava quod est sordidum,
riga quod est aridum,
sana quod est saucium.

Flecte quod est rigidum,
fove quod est frigidum,
rege quod est devium.

Da tuis fidelibus,
in te confidentibus,
sacrum septenarium.

Da virtutis meritum,
da salutis exitum,
da perenne gaudium.
Amen. Alleluia.

Vinde Santo Espírito

Vinde, Santo Espírito,
e enviai dos céus
um raio de vossa luz.

Vinde, pai dos pobres,
vinde, doador dos dons,
vinde, luz dos corações.

Consolador magnífico,
doce hóspede da alma,
doce refrigério.

No labor descanso,
no calor aragem,
no pranto consolo.

Ó luz beatíssima,
enchei o íntimo dos corações
dos vossos fiéis.

Sem vosso auxílio
nada há no homem,
nada de inocente.

Lavai o que está sujo,
regai o que está seco,
curai o que está enfermo.

Dobrai o que é rígido,
aquecei o que está frio,
conduzi o que está errante.

Dai aos vossos fiéis,
que confiam em vós,
os sete dons sagrados.

Dai o mérito da virtude,
dai o êxito da salvação,
dai a perene alegria.
Amém. Aleluia.


Quinto dia da Semana para adquirir o conhecimento de si mesmo
- Quanta necessidade temos da proteção de Nossa Senhora - 

        Composição de lugar - Imaginar-me como se fosse uma criança desamparada a quem a Santíssima Virgem acolhe, assim como Moisés foi recolhido em uma cesta pela filha do Faraó.
        Petição - Sentimento interno da necessidade que tenho da Santíssima Virgem. 

        I PONTO - Tratado da verdadeira Devoção. (Quarta verdade) - É muito mais perfeito, porque é mais humilde, não nos aproximarmos de Deus por nós mesmos, mas com um medianeiro. O nosso interior é extremamente corrompido. Se nos apoiarmos, portanto, em nossos trabalhos e habilidades, para chegarmos a Deus e agradar-Lhe, é certo que todas as nossas obras de justiça, tão manchadas, pouco valor terão diante dEle para movê-Lo a unir-Se a nós e a escutar-nos. E não foi sem razão que nos deu mediadores junto a Sua Majestade. Viu a nossa indignidade e incapacidade e teve compaixão de nós. E, para nos fazer chegar às Suas misericórdias, proporcionou-nos poderosos intercessores junto à Sua grandeza. De sorte que negligenciar esses medianeiros e aproximar-se de sua Santidade sem nenhuma recomendação, é faltar ao respeito para com um Deus tão Santo. É fazer com o Rei dos reis o que não se faria com um rei ou príncipe da terra, do qual não nos aproximaríamos sem um amigo que se interessasse por nós.
        Nosso Senhor é nosso advogado e nosso medianeiro de redenção diante de Deus Pai. É por intermédio dEle que devemos rezar com toda a Igreja triunfante e militante. Por Ele obtemos acesso junto à Divina Majestade, a cuja presença não devemos jamais comparecer, senão amparados e revestidos dos méritos de Jesus Cristo.
        Mas temos necessidade nós, de um medianeiro junto ao próprio medianeiro? Nossa pureza é suficiente para unir-nos diretamente a Ele por nós mesmos? Não é Ele Deus, em tudo igual a Seu Pai e, por conseguinte, o Santo dos Santos, tão digno de respeito como Seu Pai? Ele, por Sua caridade infinita, Se tornou nosso fiador e medianeiro junto a Deus, Seu Pai, para aplacá-Lo e pagar-Lhe o que Lhe devemos, teremos, por isso, menos respeito à Sua Santidade e Majestade?
        Com São Bernardo digamos, pois, sem medo, que temos necessidade de um medianeiro junto ao Medianeiro por excelência, e que a divina Maria é a única que é capaz de exercer esta função admirável de caridade. Por Ela veio Jesus Cristo a nós; por Ela devemos ir a Ele. Se receamos ir diretamente a Cristo, em vista de Sua infinita grandeza, ou por causa de nossa baixeza, ou ainda devido aos nossos pecados, imploremos o auxílio e intercessão de Maria, nossa Mãe. Ela é boa e terna, nEla não há severidade nem repulsa, tudo nEla é sublime e brilhante. Contemplando-A, vemos nossa pura natureza. Ela não é o sol que, pela força de seus raios, nos poderia deslumbrar por causa de nossa fraqueza; mas é bela e suave como a lua [99], que recebe a luz do Sol e a tempera, para que possamos suportá-la. É tão caridosa que não repele nenhum dos que lhe pedem sua intercessão, por pecadores que sejam, pois como dizem os santos, nunca se ouviu dizer desde que o mundo é mundo que Ela tenha abandonado a nenhum dos que, com confiança e perseverança, recorrem a Ela. Ela é tão poderosa que jamais foram repelidas suas petições.

        II PONTO - (quinta verdade). É extremamente difícil, devido à nossa fragilidade e fraqueza, que conservemos em nós as graças e os tesouros que recebemos de Deus.
        1 - Em primeiro lugar, porque guardamos este tesouro que vale mais que o céu e a terra em vasos frágeis, em um corpo corruptível, em uma alma fraca e inconstante que um nada perturba e lança por terra.
        2 - Os demônios que são hábeis ladrões, querem surpreender-nos de improviso para nos roubar e despojar. Espreitam dia e noite o momento mais favorável e, por isso, estão incessantemente ao redor de nós prontos a devorar-nos [100], e arrebatar-nos, pelo pecado, em um momento, todos os méritos e graças que adquirimos em muitos anos. E tanto mais devemos temer esta desgraça, sabendo quão incomparável é sua malícia, sua experiência, seus ardis e seu número. Pessoas mais cheias de graças do que nós, mais ricas em virtudes, mais experientes, e em alto grau de santidade, foram surpreendidas, roubadas e saqueadas lamentavelmente. Ah! Quantas vezes foram vistos os cedros do líbano e as estrelas do céu caírem miseravelmente e perderem toda sua altivez e seu brilho em pouco tempo!
        A que atribuir tão estranha mudança? Não foi falta de graça, pois a graça não falta a ninguém. Foi falta de humildade. Consideravam-se mais fortes e suficientes do que eram, julgavam-se capazes de guardar seus tesouros, fiaram-se e apoiaram-se em si mesmos, creram sua casa bastante segura e seus cofres bastante fortes, para guardar o precioso tesouro da graça. E, por causa dessa segurança imperceptível que tinham em si mesmos, embora lhes parecesse que se apoiavam na graça de Deus, o justíssimo Senhor, abandonando-os às suas próprias forças, permitiu que fossem roubados. Ah! Se conhecessem esta admirável devoção, teriam confiado seu tesouro a uma Virgem poderosa e fiel, que o teria guardado como Seu próprio bem, fazendo mesmo disso um dever de justiça.
        3 - É difícil perseverar na graça, por causa da corrupção do mundo. O mundo está atualmente tão corrompido que quase necessariamente os corações religiosos estão manchados por seu lodo, ou ao menos, pelo pó dessa corrupção. Pode-se considerar quase um milagre quando uma pessoa permanece firme no meio desse mar enfurecido; sem ser submergida pelas ondas, ou roubada por piratas e corsários; no meio desse ar empestado, sem ser contaminada.
        Só a Virgem, a única fiel, em Quem jamais teve parte a serpente, é que faz este milagre com os que a servem de maneira tão bela.


Ave Maris Stella

 

Ave maris Stella

Dei Mater alma

Atque semper virgo

Felix caeli porta

 

Sumens illud Ave,

Gabrielis ore

Funda nos in pace

Mutans Evae nomen

 

Solve vincla reis

Profer lumen caecis

Mala nostra pelle

Bona cuncta posce

 

Monstra te esse matrem

Sumat per te preces

Qui pro nobis natus

Tulit esse tuus

 

Virgo singularis

Inter omnes mitis

Nos culpis solutos

Mites fac et castos

 

Vitam praesta puram

Iter para tutum

Ut videntes Iesum

Semper collaetemur

 

Sit laus Deo Patri

Summo Christo decus

Spiritui Sancto

Tribus honor unus. Amen.

 

Ave Estrela do mar

 

Ave Estrela do mar

Santa Mãe de Deus

Sempre Virgem

Feliz porta  dos Céus

 

Ó vós que ouvistes

De Gabriel a saudação

Fundai-nos na paz

Trocando o nome de Eva

 

As cadeias dos réus quebrai

E a nós, cegos, iluminai

De todo mal livrai-nos

E o bem granjeai-nos

 

Mostrai que sois mãe

Fazendo ouvir nossas preces

Aquele que, por nós nascido,

Quis ser Filho vosso

 

Virgem singular

Toda cheia de ternura

Extintos nossos pecados

Fazei-nos castos e brandos

 

Dai-nos uma vida pura

Ponde-nos em via segura

Para que, vendo a Jesus,

Sempre nos alegremos

 

Louvor para sempre a Deus Pai

E honra eterna a Cristo

E ao Espírito Santo.

Aos três um mesmo louvor. Amém.


____________________________________________
Notas:
[99] Ct 6, 9.
[100] I Pd 5, 8.
* Estas meditações são retiradas do livro "Vida Mariana" do Pe. Nazário Pérez, SJ. 

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