terça-feira, 3 de maio de 2022

Dia 05 - Preparação para a total Consagração


 

Veni Creator Spiritus

 

Veni Creator Spiritus

Mentes tuorum visita

Imple superna gratia

Quae tu creasti pectora

 

Qui diceris Paraclitus

Altissimi donum Dei

Fons vivus, ignis, caritas

Et spiritalis unctio

 

Tu septiformis munere

Digitus Paternae dexterae

Tu rite promissum Patris

Sermone ditans guttura

 

Accende lumen sensibus

Infunde amorem cordibus

Infirma nostri corporis

Virtute firmans perpeti

 

Hostem repellas longius

Pacemque dones protinus

Ductore sic te praevio

Vitemus omne noxium

 

Per te sciamus da Patrem

Noscamus atque Filium

Teque utriusque Spiritum

Credamus omni tempore

 

Deo Patri sit gloria

Et Filio qui a mortuis

Surrexit ac Paraclito

In saeculorum saecula. Amen.

 

V. Emitte Spiritum tuum et creabuntur

R. Et renovabis faciem terrae

 

Oremus. Deus qui corda fidelium Sancti Spiritus illustratione docuisti, da nobis in eodem Spiritu recta sapere et de eius semper consolatione gaudere. Per Christum Dominum nostrum. Amen.


Vinde Espírito Criador

 

Vinde, Espírito Criador

Visitai as almas dos vossos

Os corações que criastes

Enchei de graça infinita 
 
Vós, Paráclito sois chamado

Dom do Pai Celestial

Fogo, Caridade, Fonte viva

Unção dos espirituais

 

Vós dais septiforme graça;

Dedo sois da destra paterna;

Do Pai, solene promessa

Dais força da voz superna

 

Nossa razão esclarecei,

Vosso amor no peito acendei

Do nosso corpo a fraqueza

Amparai na constante virtude

 

De nós afastai o inimigo

Dai-nos a paz sem demora

Guiai-nos e evitaremos

Tudo quanto se deplora

 

Dai que Deus Pai e Seu Filho

Por vós nós bem conheçamos

E em Vós, Espírito de ambos,

Em todo tempo creiamos

 

A Deus Pai se dê a glória

E ao Filho ressuscitado

Paráclito, a vós também,

Pelos séculos dos séculos. Amém.

 

V. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado

R. E renovareis a face da terra.

 

Oremos. Ó Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo; concedei-nos que no mesmo Espírito conheçamos o que é reto e gozemos sempre as suas consolações. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém. 


A morte dos escravos do mundo e a morte dos Escravos de Maria

        Composição de lugar - Imaginar-me no leito, momentos antes de expirar, beijando pela última vez o rosário ou o escapulário.
        Petição - Que se desapegue a minha alma de todas as afeições terrenas e sinta quanto é bom deixá-las para se entregar a Maria Santíssima.
    
        I PONTO - É certo que morreremos. Todos os que, diante de nós, vão caindo como caem as folhas das árvores no outono, no-lo dizem. O que não sabemos é quando chegará a hora em que o vento da morte nos arrebatará. 
        Terrível pensamento esse, para quem pôr sua afeição nas coisas do mundo! Recordemos a parábola do Evangelho [73]: 
        "O campo de um homem rico produziu abundantes frutos. E ele refletia consigo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher meus frutos? E disse: Farei isto. Demolirei os meus celeiros e fá-los-ei maiores, e neles recolherei toda a minha colheita e meus bens. E direi à minha alma: Ó minha alma, tu tens muitos bens em depósito para largos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Deus, porém, lhe disse: Néscio, esta noite ainda te virão exigir tua alma, e as coisas que juntaste, para quem serão? Assim acontece ao que entesoura para si e não é rico para Deus."
        E não será menos terrível para o que está apegado às honras e prazeres mundanos. Não o será ainda só para o pecador, enlameado em deleites imundos, mas também para o cristão honrado e piedoso, porém excessivamente afeiçoado às comodidades e prazeres, embora lícitos, e ainda aos amores do seu lar. São Gregório o disse: "Não se deixa sem dor o que se possui com amor."
        "Espantoso é este pensamento (da morte), diz o Padre Grou, para todos os que servem a Deus, por espírito de interesse; que cuidam de sua salvação, só pelo que lhes convém, que pensam mais na justiça de Deus do que em sua misericórdia."
        Em geral, é aflitivo para qualquer um que não esteja completamente desatado de todas as coisas da terra com a prática de um contínuo morrer a si mesmo. 
        E mais ainda do que por essa separação das coisas amadas, é a morte bem terrível, pela incerteza da sorte que nos espera depois. Oh! Se assim como há seguros contra incêndios e naufrágios, houvesse verdadeiro seguro para a alma depois da morte, e um seguro tal que lhe tirasse todo temor, com que ânsia o procuraríamos, sem mesmo pensar na fortuna que custasse! 

        II PONTO -  Pois há um verdadeiro seguro da alma: é a escravidão mariana.
        A santa escravidão, bem entendida, é um contínuo morrer a si mesmo. O escravo de Maria não possui bens terrenos de que tenha de se separar na hora da morte, porque já renunciou há muito a todos eles, colocando-os nas mãos de sua Senhora. Longe dele estão todas as afeições pecaminosas; e as afeições lícitas estão todas dominadas pelo amor de sua Rainha, diante da qual desaparecem todos os amores terrenos. A morte, para ele, não é mais que um passaporte para entrar livremente no palácio e no reino da Senhora, a quem entregou seu coração, e em cujas mãos pôs todo seu tesouro. Como poderá temer a morte, o servo de Maria? Pelo contrário, como não a desejará? 
        Mas... e aquele "depois" que atemoriza tanto até os próprios santos, ao aproximar-se a última hora?
        O escravo de Maria não tem porque temer. Está nas mãos de sua Senhora, assim como uma criança, nas mãos de sua mãe. E uma mãe, e tal Mãe, o deixará cair de seus braços, por impotência ou por falta de amor? Ninguém permite que se perca alguma coisa que lhe pertence, mesmo que seja um vil animalzinho. E deixará Nossa Senhora que se perca uma alma, remida com o Sangue de Seu Filho, e que a Ela se entregou, declarando ser propriedade unicamente sua?
        A devoção a Nossa Senhora é sinal de predestinação, mais ou menos provável segundo seu grau, e moralmente certa, pelo menos em seu último grau, que é a perfeita consagração ou escravidão. A quem, senão ao escravo de Maria, se referem as palavras dos Santos Padres e Doutores que, a respeito deste ponto são tão claras? Se é sinal de salvação trazer sobre o corpo a farda de Maria, que será o ter a alma revestida e compenetrada dela como a devem ter os seus escravos? Se tem tanto valor o consagrar-lhe alguns momentos do dia, dirigindo-lhe algumas orações, que será o consagrar-lhe todo o tempo e viver habitualmente em sua companhia? "Servir a Maria - disse Pelbarto, citado e aprovado por Santo Afonso de Ligório - é o sinal mais certo de que se chegará à eterna salvação."
        Confiemos, pois, em Nossa Senhora.
        Por esta devoção se põem em seguro as graças, os merecimentos e as virtudes, tornando-se Maria a Tesoureira a quem se diz: "Aqui tendes, minha querida Senhora, o que consegui de bom com a graça de vosso Divino Filho. Sou incapaz de o guardar devido à minha fraqueza e inconstância, e também à multidão e maldade de meus inimigos que me assaltam de dia e de noite. Todos os dias vemos cair na lama os altos cedros do Líbano, e tornarem-se aves noturnas as águias que se elevavam até o sol. Mil justos caem à minha esquerda e dez mil à minha direita! Vós, porém, ó minha poderosíssima Princesa, segurai-me para eu não ser roubado. Em vossas mãos deposito tudo quanto tenho. Bem sei quem sois, e, por isso, confio plenamente em vós. Sois fiel a Deus e aos homens, e não permitireis que se perca nada do que vos for confiado. Sois poderosa e ninguém poderá vos prejudicar, nem vos arrebatar o que tendes nas mãos." [74] 

Ave Maris Stella

 

Ave maris Stella

Dei Mater alma

Atque semper virgo

Felix caeli porta

 

Sumens illud Ave,

Gabrielis ore

Funda nos in pace

Mutans Evae nomen

 

Solve vincla reis

Profer lumen caecis

Mala nostra pelle

Bona cuncta posce

 

Monstra te esse matrem

Sumat per te preces

Qui pro nobis natus

Tulit esse tuus

 

Virgo singularis

Inter omnes mitis

Nos culpis solutos

Mites fac et castos

 

Vitam praesta puram

Iter para tutum

Ut videntes Iesum

Semper collaetemur

 

Sit laus Deo Patri

Summo Christo decus

Spiritui Sancto

Tribus honor unus. Amen.

Ave Estrela do mar

 

Ave Estrela do mar

Santa Mãe de Deus

Sempre Virgem

Feliz porta  dos Céus

 

Ó vós que ouvistes

De Gabriel a saudação

Fundai-nos na paz

Trocando o nome de Eva

 

As cadeias dos réus quebrai

E a nós, cegos, iluminai

De todo mal livrai-nos

E o bem granjeai-nos

 

Mostrai que sois mãe

Fazendo ouvir nossas preces

Aquele que, por nós nascido,

Quis ser Filho vosso

 

Virgem singular

Toda cheia de ternura

Extintos nossos pecados

Fazei-nos castos e brandos

 

Dai-nos uma vida pura

Ponde-nos em via segura

Para que, vendo a Jesus,

Sempre nos alegremos

 

Louvor para sempre a Deus Pai

E honra eterna a Cristo

E ao Espírito Santo.

Aos três um mesmo louvor. Amém.


Leituras recomendas: 
Montfort - O Segredo do Rosário.
Santo Afonso - Glórias de Maria, c. 2 (III) 8 e 10. 
Granada - Guia. Oración.
Imitação de Cristo, L. I. c. 28. 

_________________________________________
Notas: 
[73] Lc 12, 16-21.
[74] Segredo de Maria.
* Estas meditações são retiradas do livro "Vida Mariana" do Pe. Nazário Pérez, SJ.

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