quinta-feira, 12 de maio de 2022

Dia 14 - Preparação para a total Consagração


 

Veni Sancte Spiritus

Veni, Sancte Spiritus,
et emitte caelitus
lucis tuae radium.

Veni, pater pauperum,
veni, dator munerum
veni, lumen cordium.

Consolator optime,
dulcis hospes animae,
dulce refrigerium.

In labore requies,
in aestu temperies
in fletu solatium.

O lux beatissima,
reple cordis intima
tuorum fidelium.

Sine tuo numine,
nihil est in homine,
nihil est innoxium.

Lava quod est sordidum,
riga quod est aridum,
sana quod est saucium.

Flecte quod est rigidum,
fove quod est frigidum,
rege quod est devium.

Da tuis fidelibus,
in te confidentibus,
sacrum septenarium.

Da virtutis meritum,
da salutis exitum,
da perenne gaudium.
Amen. Alleluia.

Vinde Santo Espírito

Vinde, Santo Espírito,
e enviai dos céus
um raio de vossa luz.

Vinde, pai dos pobres,
vinde, doador dos dons,
vinde, luz dos corações.

Consolador magnífico,
doce hóspede da alma,
doce refrigério.

No labor descanso,
no calor aragem,
no pranto consolo.

Ó luz beatíssima,
enchei o íntimo dos corações
dos vossos fiéis.

Sem vosso auxílio
nada há no homem,
nada de inocente.

Lavai o que está sujo,
regai o que está seco,
curai o que está enfermo.

Dobrai o que é rígido,
aquecei o que está frio,
conduzi o que está errante.

Dai aos vossos fiéis,
que confiam em vós,
os sete dons sagrados.

Dai o mérito da virtude,
dai o êxito da salvação,
dai a perene alegria.
Amém. Aleluia.


Primeiro dia da Semana para adquirir o conhecimento de si mesmo

        Veja-se o primeiro exercício da primeira semana dos Exercícios de Santo Inácio, cujos pontos podem ser ampliados com as seguintes considerações - (É uma recomendação do Pe. Nazário Pérez, mas os que não quiserem, não é necessário. Com o seguir atentamente as meditações abaixo que o Padre escreveu, aproveitarão muito para o propósito desta preparação) 
       
        Composição de lugar - Verei com a vista da imaginação e considerarei minha alma encarcerada neste corpo corruptível e todo o composto de alma e corpo como desterrado neste vale de lágrimas.
        Petição - Vergonha e confusão de mim mesmo, vendo quantos foram condenados por cometerem um único pecado mortal, e quantas vezes eu merecia ser condenado para sempre por meus inumeráveis pecados.

        I PONTO - Recordar o pecado dos Anjos e o que a eles sucedeu sendo criados como foram com tão excelentes potências espirituais que não podem ser comparadas às nossas, com tanto poder natural, que um só poderia desfazer o mundo, foram criados em graça, e com tantos dons sobrenaturais e tanta formosura que as Escrituras Sagradas [90] no-los representam nas delícias do Paraíso, vestidos de pedras preciosas, como sapientíssimos e belíssimos príncipes. Eles, porém, "não querendo usar de sua liberdade para reverenciar e obedecer a seu Criador e Senhor, encheram-se de soberba.". E, por este único e primeiro pecado de pensamento, foram convertidos da graça em malícia, de luzeiros da côrte celestial em carvões do inferno. E isto aconteceu com a terça parte dos espíritos angélicos, que são numerosos como as estrelas do céu, milhões e milhões!
        Comparar com um pecado dos Anjos tantos pecados meus. E considerar como sendo eles, por todos os conceitos, tão superiores a mim, por um único pecado, e de pensamento, e o primeiro que se cometia, foram para o inferno sem que houvesse compaixão, nem tempo de penitência. Quantas vezes também eu o mereci por tantos pecados de pensamentos, palavras e obras, cometidos depois de tantos castigos, e depois de ter morrido por mim o Filho de Deus! Ó Rainha de misericórdia! Que seria de mim, se Vós não me tivésseis amparado, com a vossa poderosa intercessão? E que seria de mim, se Vós não continuásseis sendo a minha advogada?

        II PONTO - Recordar como Adão e Eva, sendo proibidos de comer da árvore da ciência, e tendo eles comido e, portanto, tendo pecado, foram expulsos do paraíso e viveram toda a sua vida em muitos trabalhos e penitência, sem a justiça original que haviam perdido. E tudo isso somente por um único pecado, menor talvez que os meus. E o que é pior ainda é que, por este pecado, quanta corrupção veio ao gênero humano, levando tanta gente para o inferno. Desse único pecado, pois, vieram todos os males, e todos os homens do mundo perderam a sua felicidade temporal e muitíssimos a felicidade eterna. Se tão grande castigo mereceu um único pecado, que merecerão os meus que foram tantos? E quanto deveria eu padecer?

        III PONTO - Para melhor compreender a gravidade e malícia do pecado mortal, consideremo-lo em um homem qualquer que tenha cometido um só e dos mais rápidos escusáveis, por exemplo, em um menino pagão que comete um único pecado mortal de pensamento. Isto lhe bastará para penar eternamente no inferno, se não se arrepender, e isso, apesar de ser Deus infinitamente misericordioso, que sempre castiga menos do que se merece. É que a malícia do pecado é muito grande, por ser contra o nosso Criador e Senhor.
        Se eu cometi, pois, não um, mas muitos pecados mortais, e muito mais maliciosos e sem desculpas, deveria também estar no inferno, onde talvez estejam almas que cometeram menos pecados e menores que os meus. E se não tive a desgraça de cometer nenhum pecado mortal, não haverá no inferno muitas almas que menosprezaram muito menos graças que eu? Se não estou lá é porque, apesar de minha tibieza, o Senhor, por um milagre de Sua misericórdia, me afastou da beira do abismo. E não será a causa disto alguma devoção que tive à Rainha dos Anjos?

        IV PONTO - A razão principal, porém, pela qual me perdoou o Pai das misericórdias será sempre a morte de Seu Divino Filho. Nela reconhecerei todos os efeitos do pecado, pois, se o Filho de Deus sofreu tão horrível e afrontosa morte, é porque, como disse Isaías, "nEle pôs seu Pai todas as nossas iniquidades". Que coisa horrenda deve ser o pecado, já que Deus permite que, por sua causa, sofra tanto o Seu inocentíssimo Filho, ao qual ama com amor infinito, e Sua Mãe Imaculada, em Quem Se compraz sobre todas as criaturas. 
        Com os braços em cruz, imaginando Nosso Senhor Jesus Cristo diante de mim, farei um colóquio sobre: como de Criador se fez Homem, e de Vida Eterna Se entregou à morte corporal, para assim morrer por meus pecados. Da mesma forma, olhando para mim mesmo, refletirei sobre o que fiz por Cristo, o que faço por Cristo e o que devo fazer por Cristo. E, vendo-O assim, pregado à Cruz, meditarei sobre o que se apresentar.
        E, vendo também ao pé da Cruz a Mãe dolorosa, pensarei em quantas dores a fizeram sofrer por meus pecados, e quão generosamente ofereceu Seus sofrimentos por mim, e me perguntarei: Que fiz por Maria, que devo fazer por Maria? Pouco será tornar-me escravo, quando Jesus Cristo Se fez escravo, e escravo morreu por mim. 


Ave Maris Stella

 

Ave maris Stella

Dei Mater alma

Atque semper virgo

Felix caeli porta

 

Sumens illud Ave,

Gabrielis ore

Funda nos in pace

Mutans Evae nomen

 

Solve vincla reis

Profer lumen caecis

Mala nostra pelle

Bona cuncta posce

 

Monstra te esse matrem

Sumat per te preces

Qui pro nobis natus

Tulit esse tuus

 

Virgo singularis

Inter omnes mitis

Nos culpis solutos

Mites fac et castos

 

Vitam praesta puram

Iter para tutum

Ut videntes Iesum

Semper collaetemur

 

Sit laus Deo Patri

Summo Christo decus

Spiritui Sancto

Tribus honor unus. Amen.

 

Ave Estrela do mar

 

Ave Estrela do mar

Santa Mãe de Deus

Sempre Virgem

Feliz porta  dos Céus

 

Ó vós que ouvistes

De Gabriel a saudação

Fundai-nos na paz

Trocando o nome de Eva

 

As cadeias dos réus quebrai

E a nós, cegos, iluminai

De todo mal livrai-nos

E o bem granjeai-nos

 

Mostrai que sois mãe

Fazendo ouvir nossas preces

Aquele que, por nós nascido,

Quis ser Filho vosso

 

Virgem singular

Toda cheia de ternura

Extintos nossos pecados

Fazei-nos castos e brandos

 

Dai-nos uma vida pura

Ponde-nos em via segura

Para que, vendo a Jesus,

Sempre nos alegremos

 

Louvor para sempre a Deus Pai

E honra eterna a Cristo

E ao Espírito Santo.

Aos três um mesmo louvor. Amém.

 

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NOTAS:
[90] Is 14, 11; Ez 28, 2-6, 17.
* Estas meditações são retiradas do livro "Vida Mariana" do Pe. Nazário Pérez, SJ.

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