segunda-feira, 2 de maio de 2022

Dia 04 - Preparação para a total Consagração




Veni Creator Spiritus

 

Veni Creator Spiritus

Mentes tuorum visita

Imple superna gratia

Quae tu creasti pectora

 

Qui diceris Paraclitus

Altissimi donum Dei

Fons vivus, ignis, caritas

Et spiritalis unctio

 

Tu septiformis munere

Digitus Paternae dexterae

Tu rite promissum Patris

Sermone ditans guttura

 

Accende lumen sensibus

Infunde amorem cordibus

Infirma nostri corporis

Virtute firmans perpeti

 

Hostem repellas longius

Pacemque dones protinus

Ductore sic te praevio

Vitemus omne noxium

 

Per te sciamus da Patrem

Noscamus atque Filium

Teque utriusque Spiritum

Credamus omni tempore

 

Deo Patri sit gloria

Et Filio qui a mortuis

Surrexit ac Paraclito

In saeculorum saecula. Amen.

 

V. Emitte Spiritum tuum et creabuntur

R. Et renovabis faciem terrae

 

Oremus. Deus qui corda fidelium Sancti Spiritus illustratione docuisti, da nobis in eodem Spiritu recta sapere et de eius semper consolatione gaudere. Per Christum Dominum nostrum. Amen.


Vinde Espírito Criador

 

Vinde, Espírito Criador

Visitai as almas dos vossos

Os corações que criastes

Enchei de graça infinita 
 
Vós, Paráclito sois chamado

Dom do Pai Celestial

Fogo, Caridade, Fonte viva

Unção dos espirituais

 

Vós dais septiforme graça;

Dedo sois da destra paterna;

Do Pai, solene promessa

Dais força da voz superna

 

Nossa razão esclarecei,

Vosso amor no peito acendei

Do nosso corpo a fraqueza

Amparai na constante virtude

 

De nós afastai o inimigo

Dai-nos a paz sem demora

Guiai-nos e evitaremos

Tudo quanto se deplora

 

Dai que Deus Pai e Seu Filho

Por vós nós bem conheçamos

E em Vós, Espírito de ambos,

Em todo tempo creiamos

 

A Deus Pai se dê a glória

E ao Filho ressuscitado

Paráclito, a vós também,

Pelos séculos dos séculos. Amém.

 

V. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado

R. E renovareis a face da terra.

 

Oremos. Ó Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo; concedei-nos que no mesmo Espírito conheçamos o que é reto e gozemos sempre as suas consolações. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém. 

 
A vida do mundo e a vida mariana

        Composição de lugar - Imaginar-me aos pés da divina Pastora como uma ovelhinha cansada e ferida, que já não quer se afastar do redil. 
        Petição - Conhecimento de quão pouco valem os bens do mundo e quanta importância tem para mim o deixá-los para viver com Maria.

        I PONTO - Os bens do mundo são todos passageiros. Por duradouros que sejam, não podem ser mais longos que nossa vida, e nossa vida é muito curta se a compararmos com a eternidade. E se ao menos durassem tanto quanto dura a nossa vida! A experiência nos mostra todos os dias, entretanto, como eles são volúveis e fugazes. Quantos que, do cume das honras, caem nos abismos da desonra! Quantos encontramos que, cheios de riquezas em sua juventude, pedem esmolas em sua velhice! E quantas amizades arraigadas são esquecidas, com a ausência e com a morte! Quantos amores veementes se tornam ódios inextinguíveis! 
        O amor de Maria, pelo contrário, de sua parte é eterno. Ela não nos deixa enquanto nós não a queiramos deixar. E, ainda que a deixemos e a esqueçamos mil vezes, outras mil ela tornará a abrir-nos suas portas e a nos estender seus braços de Mãe, se nos aproximarmos dela. Só com o pecado mortal podemos perder as riquezas da graça que, em Seu serviço, ganhamos. Readquirida, porém, a graça, tornamos a recebê-las, e, se as conservarmos, ela nos dará eterna glória e eterna alegria, no momento da morte. Ó nossa bondosíssima Senhora, qual o cristão sensato que não queira deixar bens tão breves e fugazes, para se entregar verdadeiramente a teu serviço? 

        II PONTO - Os bens da terra, como da terra que são, mancham, diminuem e degradam a nossa alma espiritual, que é grande e formosa, como filha de Deus e nascida para o céu. 
        O amor a esses bens terrenos nos leva a cometer uma multidão de pecados veniais, pelo menos. E, nem por serem eles manchas pequenas, deixam de encher a alma de imundícies. Quanto mais nos afeiçoamos às coisas do mundo, ainda que às lícitas e indiferentes, tanto mais nos diminuímos e degradamos; e mais nos sentimos escravos de nossas paixões que tantas vezes turbam a paz interior, obscurecem o juízo e enfraquecem a vontade.
        "Mais diferença há entre a alma e as demais criaturas corporais do que entre um licor muito claro e o lodo imundo. Assim, porém, como se tornaria semelhante ao lodo esse licor, se o misturássemos a ele, da mesma forma se mancha a alma que se entrega à criatura, por afeição, pois nela se torna sua semelhante. E, assim, como se fixariam em um rosto bem feito e bonito os traços de fuligem, da mesma maneira, os apetites desordenados tornam feia e mancham a alma que os possui, a qual em si, é uma formosíssima e perfeita imagem de Deus." [70]
        Pobre alma, princesa do Céu, que passas a vida em um lodaçal, coberta de imundícies, levanta os olhos para tua Senhora, pois seu amor pode purificar-te e remir-te. Talvez temas te dirigir a Deus, formosura infinita, para a qual nasceste e que é a única que pode satisfazer o teu coração; talvez o seu amor te pareça muito espiritual e muito seco, para suprir os dos ídolos que adoras; talvez teus olhos de míope não possam resistir à vista do sol, porque estão acostumados a submergir na terra. Se assim for, acostuma-os primeiro à claridade da lua e à suave luz da aurora; purifica-os, contemplando Maria, a Rainha dos Anjos.
        "Purifica, Senhora, com as gotas de Sangue do Coração de teu Filho, tudo o que é impuro em meus afetos e as vergonhosas manchas de meu coração. Faze desaparecer as impurezas de minha alma,  tu que sempre espalhas raios de pureza." [71] 

        III PONTO - Os bens da terra cansam a alma e atormentam o espírito.
        "Cansa-se e fadiga-se a alma que tem apetites, porque é como o doente febril que não se sente bem, enquanto não baixa a febre que lhe aumenta a sede, a cada momento, porque, como diz o livro de Jó: Quando se houver satisfeito o apetite, ele se tornará mais apertado e agravado... A alma se cansa e aflige com seus apetites, porque é ferida, movida e turbada por eles, como a água pelos ventos. Sim, dessa mesma maneira a alvoroçam eles, sem a deixar em sossego, em nenhum lugar ou coisa." [72] 
        É assim que todo o mel de gozos mundanos se converte em amargura e, quanto mais são eles saboreados, tanto mais fastio se sente. Que o diga o sábio que, depois de experimentar todos os gostos e honras, escreveu: tudo é vaidade das vaidades e aflição de espírito.
        Pelo contrário, o amor à Virgem Nossa Senhora, o entregar-se a Ela e o viver sempre em sua companhia, como fiel escravo, trazem à alma uma paz e um descanso que só quem os sente os pode compreender. Trazem também uma alegria tão grande que todos os mimos do mundo nada são comparados a ela. Os mesmos sofrimentos e humilhações, que são fruta tão amarga, se tornam doces, como disse o Santo de Montfort, com essa doçura que é a devoção a Nossa Senhora.
        Ó minha Senhora, quando despedaçarei estes grilhões com que os minguados bens deste mundo escravizam minha pobre alma, e começarei a gozar a ditosa liberdade de teus escravos? 

       

Ave Maris Stella

 

Ave maris Stella

Dei Mater alma

Atque semper virgo

Felix caeli porta

 

Sumens illud Ave,

Gabrielis ore

Funda nos in pace

Mutans Evae nomen

 

Solve vincla reis

Profer lumen caecis

Mala nostra pelle

Bona cuncta posce

 

Monstra te esse matrem

Sumat per te preces

Qui pro nobis natus

Tulit esse tuus

 

Virgo singularis

Inter omnes mitis

Nos culpis solutos

Mites fac et castos

 

Vitam praesta puram

Iter para tutum

Ut videntes Iesum

Semper collaetemur

 

Sit laus Deo Patri

Summo Christo decus

Spiritui Sancto

Tribus honor unus. Amen.

Ave Estrela do mar

 

Ave Estrela do mar

Santa Mãe de Deus

Sempre Virgem

Feliz porta  dos Céus

 

Ó vós que ouvistes

De Gabriel a saudação

Fundai-nos na paz

Trocando o nome de Eva

 

As cadeias dos réus quebrai

E a nós, cegos, iluminai

De todo mal livrai-nos

E o bem granjeai-nos

 

Mostrai que sois mãe

Fazendo ouvir nossas preces

Aquele que, por nós nascido,

Quis ser Filho vosso

 

Virgem singular

Toda cheia de ternura

Extintos nossos pecados

Fazei-nos castos e brandos

 

Dai-nos uma vida pura

Ponde-nos em via segura

Para que, vendo a Jesus,

Sempre nos alegremos

 

Louvor para sempre a Deus Pai

E honra eterna a Cristo

E ao Espírito Santo.

Aos três um mesmo louvor. Amém.



Leituras recomendadas:
Granada - Guia, L. I, c. 29. 
Granada - Oración, c. 7 e 8.
São João da Cruz - Subida al Monte Carmelo. 
Imitação de Cristo, L. III, c. 31. 

_____________________________________________________
Notas: 
[70] São João da Cruz
[71] São José Himnógrafo
[72] São João da Cruz
* Estas meditações são retiradas do livro "Vida Mariana" do Pe. Nazário Pérez, SJ.        

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